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Governo Federal corta R$ 419 milhões de Defesa, Polícia Federal e Abin e gera insatisfação

O Ministério da Defesa, a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) se veem impactados por cortes significativos nos recursos destinados às suas operações, desencadeando preocupação e descontentamento em meio a essas instituições essenciais para a segurança nacional.

No centro da polêmica, o Ministério da Defesa sofreu um corte de R$ 280 milhões, resultando no menor volume de recursos em uma década, prejudicando projetos estratégicos e a manutenção das organizações militares. Enquanto isso, a Polícia Federal viu R$ 122 milhões serem retirados de suas verbas, afetando diversas áreas essenciais para a segurança pública. A decisão do governo de cortar mais de R$ 4 bilhões em despesas discricionárias de diversos ministérios em 2024 tem repercussões alarmantes. O impacto dessas medidas de ajuste fiscal se estende não apenas aos órgãos diretamente afetados, mas também à capacidade de resposta e atuação dessas instituições em cenários desafiadores.

A relação sensível entre as Forças Armadas e o governo atual ganha destaque, especialmente após vetos envolvendo a memória do golpe de 1964 e investigações de suposta participação militar em tramas golpistas. Enquanto a verba obrigatória das Forças Armadas aumentou, os cortes significativos nas verbas discricionárias geram preocupação quanto à capacidade operacional e estratégica dessas instituições. Para a Polícia Federal, a situação não é menos alarmante, com perdas significativas em áreas cruciais como controle migratório, combate ao tráfico de drogas e cooperação policial internacional. O presidente da ADPF expressou perplexidade diante da inclusão da PF entre os órgãos alvos de cortes, ressaltando a importância da corporação no enfrentamento da criminalidade e na defesa do Estado de Direito.

Os efeitos dos cortes de verbas do governo Lula não se limitaram apenas à Defesa e à Polícia Federal. A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) viu R$ 17 milhões serem retirados de sua verba discricionária, representando cerca de 20% dos recursos disponíveis para suas operações. A rubrica de “ações de inteligência”, fundamental para suportar serviços de tecnologia da informação, diárias dos agentes e outras atividades, foi fortemente afetada pelos cortes. Em sua nota oficial, a Abin destaca que está empenhada em buscar a recomposição orçamentária necessária para garantir a continuidade de suas operações estratégicas. Apesar dos desafios impostos pelos cortes, a Abin ressalta que mantém atividades vitais, como a instalação de centros de inteligência para as reuniões do G20 no Brasil, consultoria de segurança para o Concurso Público Nacional Unificado e ações de inteligência em áreas sensíveis, como desintrusão em terras indígenas e atuação na Casa de Governo na Terra Indígena Yanomami. Os cortes no Orçamento Federal atingiram diferentes ministérios e áreas, como Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, entre outros. A redução de mais de R$ 4 bilhões em gastos discricionários reflete as medidas de ajuste fiscal impostas pelo novo arcabouço fiscal, gerando impactos significativos em diversos setores e serviços essenciais para a população.

Fonte: CM7

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