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Seita: irmão e mãe de Djidja Cardoso acreditavam ser Jesus e Maria

A seita intitulada “Pai, Mãe, Vida” estimulava o uso de substâncias psicotrópicas

Ademar Cardoso Neto e Cleusimar Cardoso foram presos nesta quinta-feira (30)

O Inquérito Policial (IP) que culminou nas prisões preventivas dos empresários Ademar Cardoso Neto, 29, e Cleusimar Cardoso, 53, irmão e mãe da empresária Djidja Cardoso, 32, aponta a existência de uma seita intitulada “Pai, Mãe, Vida”. O grupo estimulava a utilização de drogas sintéticas de uso veterinário e a administração forçada dessas substâncias.

Na terça-feira, Djidja foi encontrada morta. A polícia suspeita que o óbito tenha sido provocado por overdose de ketamina, um forte anestésico. As investigações iniciaram nesse dia e apontam que a gerente do salão Belle Femme, Verônica Seixas, 31 anos, escondeu dentro da casa, situada no bairro Cidade Nova, frascos de entorpecentes com o objetivo de dissimular a causa da morte de Djidja.

As investigações do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) identificaram que Cleusimar e Ademar Neto seriam os líderes da seita “Pai, Mãe, Vida” e atuavam com o auxílio de Verônica, além do maquiador e cabeleireiro Marlisson Vasconcelos Dantas, 29 anos, que também trabalhava no salão de beleza.

Depoimento de funcionários revelam que dentro da seita, Ademar seria Jesus, Djidja era Maria Madalena e Cleusimar se intitulava Maria.

Os funcionários informaram, ainda, que eram obrigados a participarem da seita e consumirem as drogas, entre elas a ketamina. As substâncias eram administradas por Ademar. Segundo ele,  o uso “auxiliava a resolver os problemas”. Uma clínica veterinária é investigada.

No decorrer das investigações, uma testemunha revelou que Ademar faz uso de entorpecentes há três anos e depois passou a usar Ketamina e também a distribuir a substância.

Defesa

A advogada Lidiane Roque, que atua nas defesas de Ademar, Cleusimar e Verônica esteve na noite desta quinta-feira (30), no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ela pretende alegar “incapacidade mental” dos clientes.

“Estamos tomando as primeiras providências em uma tentativa de ajudá-los. Eles não têm condições de prestar depoimento hoje. Amanhã, eles terão que comparecer na Audiência de Custódia”, declarou Roque. Questionada sobre a linha de atuação da defesa, ela respondeu: “incapacidade mental. Eles são usuários de drogas”, complementou ainda na unidade policial.

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